A Quaresma

A que quer dizer Quaresma e CF 2011?
        A palavra Quaresma vem do latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.
        Na quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quinta-feira (até a Missa da Ceia do Senhor, exclusive - Diretório da Liturgia - CNBB) da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o cristão deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.
        Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.
        Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.
 Qual o significado destes 40 dias?
        Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.
 O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?
        A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.
 Ainda é costume jejuar durante este tempo?
        Sim, ainda é costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.
        Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.
        O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.
 O que é a Campanha da Fraternidade?
        O percurso da Quaresma é acompanhado pela realização da Campanha da Fraternidade – a maior campanha da solidariedade do mundo cristão. Cada ano é contemplado um tema urgente e necessário.
        A Campanha da Fraternidade é uma atividade ampla de evangelização que ajuda os cristãos e as pessoas de boa vontade a concretizarem, na prática, a transformação da sociedade a partir de um problema específico, que exige a participação de todos na sua solução. Ela tornou-se tão especial por provocar a renovação da vida da igreja e ao mesmo tempo resolver problemas reais.
        Seus objetivos permanentes são: despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do Evangelho. Renovar a consciência da responsabilidade de todos na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária.
        Os temas escolhidos são sempre aspectos da realidade sócio-econômico-política do país, marcada pela injustiça, pela exclusão, por índices sempre mais altos de miséria. Os problemas que a Campanha visa ajudar a resolver, se encontram com a fraternidade ferida, e a fé, tem o compromisso de restabelecê-la. A partir do início dos encontros nacionais sobre a CF, em 1971, a escolha de seus temas vem tendo sempre mais ampla participação dos 16 Regionais da CNBB que recolhem sugestões das Dioceses e estas das paróquias e comunidades.
 Como começou a Campanha da Fraternidade?
        Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada pela primeira vez na quaresma de 1962, em Natal-RN, com adesão de outras três Dioceses e apoio financeiro dos Bispos norte-americanos. No ano seguinte, 16 Dioceses do Nordeste realizaram a campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.
        Este projeto se tornou nacional no dia 26 de dezembro de 1963, com uma resolução do Concílio Vaticano II, a maior e mais importante reunião da igreja católica. O projeto realizou-se pela primeira vez na quaresma de 1964. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os Bispos ficaram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a Campanha da Fraternidade.
 Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?
        A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.
        Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa do Senhor.
 Quais são os rituais e tradições associados com este tempo?
        As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da Semana Santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento.
        Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores.
        Depois, vem a celebração da Sexta-feira da Paixão, também conhecida como sexta-feira santa, que celebra a morte do Senhor, às 15 horas. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.
        No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.

VIDEO CF 2011: http://youtu.be/kzWGMMPqryY

ATIVIDADE 01
Leia o texto acima e faça um resumo de no mínimo uma lauda e entregue ao seu catequista de seu núcleo.
Obrigado,
A coordenação.

Os sacramentos da Iniciação Cristã

Tema 02 - 02/04/2011



Os sacramentos da Iniciação Cristã
“Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.” (Mt 28,20).
            Pelos sacramentos da iniciação cristã – Batismo, Confirmação e Eucaristia – são lançados os fundamentos de toda vida cristã. Falando a esse respeito assim se expressou o Papa Paulo VI: “A participação na natureza divina, que os homens recebem como dom mediante a graça de Cristo, apresenta certa analogia (semelhança) com a origem, o desenvolvimento e a sustentação da vida natural.

            Os fiéis, de fato, renascidos no Batismo, são fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e, depois, nutridos com o alimento da vida eterna na Eucaristia. Assim, por efeito destes sacramentos da iniciação cristã, estão em condições de saborear cada vez mais os tesouros da vida divina e de progredir até alcançar a perfeição da caridade.” (Const. Ap. Divinae Consortium Naturae).

            O primeiro Sacramento da Iniciação é o Batismo, “fundamento de toda vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos e filhas de Deus, tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão.” (CIC).

“Ele é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: batizar vem da palavra grega ‘baptízein’ que significa: ‘mergulhar’, ‘imergir’; o ‘mergulho’ na água simboliza o sepultamento do catecúmeno (pessoa que é batizada) na morte de Cristo, da qual com Ele ressuscita como ‘nova criatura’.” (CIC). (Cf 2Cor 5,17; Gl 6,15).

“Este sacramento é também chamado ‘o banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo’ (Tt. 3,5), pois ele significa e realiza este nascimento a partir da água e do Espírito, sem o qual ‘ninguém pode entrar no Reino de Deus’ (Jo 3,5).” (CIC).

            São Gregório de Nazianzeno, nos deixou uma linda explanação a respeito desse sacramento: “O Batismo é o mais belo e o mais magnífico dom de Deus. (...) Chamamo-lo de dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo, e tudo o que existe de mais precioso.

Dom, porque é conferido àqueles que nada trazem; graça, porque é dado até a culpados; Batismo, porque o pecado é sepultado na água; unção, porque é sagrado e régio (tais são os que são ungidos); iluminação, porque é luz resplandecente; veste, porque cobre nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é sinal do senhorio de Deus.” (Or. 40,3-4).

Por fim, ouviremos São Paulo: “Batizados em Cristo Jesus, em sua morte é que fomos batizados. Portanto, pelo Batismo fomos sepultados com ele na morte para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova.” (Rm 6,3-4).

Viver em Cristo é a verdadeira vida, pois Ele mesmo disse: “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15,5). E é justamente o Batismo, vivido em sua plenitude nos mandamentos da Lei de Deus, que nos proporciona essa graça da permanência no Senhor.

OBS: Todo sacramento contém, em si mesmo, a graça que o significa e confere esta mesma graça a quem o recebe dignamente. Os sacramentos comportam três elementos principais: O elemento visível ou Matéria: água, pão e vinho, óleo, etc.; a Forma ou Palavra que realiza o sacramento; e, a Pessoa do Ministro, que confere o sacramento, com o poder e a intenção de fazer o que manda a Santa Igreja.

Paz e Bem! 

O homem quem sou eu?

Catecumenato Crismal
Paróquia Sagrado Coração de Jesus
Núcleo Santa Marta

LEITURAS E ATIVIDADES PARA REPOSIÇÃO DAS FALTAS
obs: no final da página está a atividade, leia, faça e entregue ao seu catequista.

Tema 01- 26/03/2011



O homem: quem sou eu?
Por que viemos ao mundo?
Amar é nossa missão primeira aqui na terra
            Tudo começou assim: recebi um e-mail de uma jovem pedindo-me ajuda, pois precisava falar a um grupo a respeito da missão que assumimos neste mundo, e não sabia por onde começar. Foi interessante, porque era justamente sobre isso que eu havia refletido durante o “estudo da Palavra” naquela manhã. A partir do Evangelho de João 7, respondi-lhe, com base em minha reflexão, mais ou menos o que partilho aqui.
            Podemos partir do princípio de que somos filhos amados de Deus, criados por Ele, com amor e para amar. Digo inclusive para você que tem uma história difícil e sabe, por exemplo, que não foi esperado por seus pais; também nesse caso, a afirmativa não muda: Deus o quis! Por isso foi além da razão e dos planos humanos e o criou por amor. Consideremos ainda que, ao nos criar, o Senhor imprimiu em nosso ser o desejo de amar e ser amados, porque Deus é amor e nos fez à Sua imagem e semelhança. Fazer essa descoberta fundamenta a nossa fé e dá mais sentido à nossa existência.
            Jesus Cristo, o Homem mais famoso da história, impressionava multidões com Seus discursos e Suas obras, porque Ele sabia que era amado pelo Pai. Sabia de onde veio, qual Sua missão neste mundo e para onde iria.
            Portanto, creio que, como cristãos, uma de nossas prioridades, antes de pensar em realizar uma determinada missão, é descobrir quem somos diante de Deus, de onde viemos e para onde vamos. Com essa experiência, certamente vamos perceber também que amar é nossa missão primeira aqui na terra. Missão que pode ser expressa de várias maneiras, seja nos papéis que assumimos, seja nos relacionamentos que temos e em tudo mais que a Divina Providência nos permitir viver. No entanto, a essência do chamado não muda: Deus nos criou para amar.
            Por isso vai aqui uma dica: se hoje você percebe a necessidade de assumir uma missão, seja ela qual for, procure antes refletir sobre quem é você. Volte às suas origens, acolha sua história, por mais difícil que esta seja e reconcilie-se com ela. Sua história é seu alicerce. Lembre-se de que, na raíz da sua criação, está a iniciativa amorosa de Deus. Procure também rever sua vida hoje; analise suas atitudes, seus relacionamentos e suas escolhas, sempre considerando que Deus o criou para o amor. Reflita ainda a respeito das suas metas para o futuro, seus sonhos e ideais, lembrando que, neste mundo, tudo é passageiro e o que conta no final é o que somos e não o que fizemos.
            Aliás, corremos o sério risco de passar a vida fazendo coisas e nos esquecendo de sermos pessoas; e o que nos leva, muitas vezes, a isso é justamente o acúmulo de atividades que assumirmos, algumas até desnecessárias. Assim, naturalmente, lidamos com a pressa e a falta de tempo para quase tudo, inclusive para nos relacionarmos com nós mesmos, o que é fundamental para uma vida sadia.
            Por incrível que pareça, em nossos dias, ter uma agenda preenchida virou "status". É como se isso fosse garantia de utilidade no planeta. Mas Deus nos desafia a irmos além. O cristão precisa ter consciência de que não vale pelo que faz, mas sim pelo que é. Se para expressar o amor de Deus às criaturas, ele realiza obras neste mundo, ótimo. Conhecemos inúmeros testemunhos de pessoas que se tornaram imortais por seus benefícios expressos em obras. Mas pode observar que as obras consideradas imortais geralmente têm como base o amor.
            Recordo-me, por exemplo, de Santa Teresa de Lisieux, ela não realizou grandes feitos aos olhos humanos, nem edificou monumentos, tampouco tinha a agenda “lotada”. Viveu na clausura do Carmelo e morreu com apenas 24 anos. No entanto, foi eleita a Padroeira das Missões, doutora da Igreja e influencia até hoje a vida de inúmeras pessoas. Sabe por quê? Porque ela, desde cedo, fez a experiência do amor de Deus e assim descobriu sua missão. Sabia de onde veio, porque estava aqui na terra, e para onde iria. Ela mesma conta-nos, em em sua autobiografia, que desejava fazer muitas coisas por amor a Jesus, neste mundo, mas teve a graça de descobrir o essencial. "Percebi que o amor encerra em si todas as vocações, que o amor é tudo, abraça a todos os tempos e lugares, numa palavra, o amor é eterno. Então, delirante de alegria, exclamei: Ò Jesus, meu amor, encontrei afinal minha vocação... No coração da Igreja minha mãe, eu serei o amor e desse modo serei tudo".
            Quem dera cada um de nós também possa fazer essa experiência e, assim, encontrar o rumo certo para nossa missão como peregrinos aqui na terra. Já que fomos criados por amor e para amar, procuremos amar concretamente hoje. Como? Deus mesmo nos mostrará.

O homem e a mulher imagem de Deus
            Depois de apresentar o mistério do homem e da mulher, como seres capazes de solidão e de comunhão de amor, o autor sagrado, continuando a aprofundar o mistério do homem, faz uma afirmação ousada: nessa comunhão de amor o homem e a mulher são a imagem do próprio Deus, Ele próprio comunhão amorosa de pessoas, na comunhão trinitária: “Deus criou o homem à Sua imagem, à imagem de Deus os criou, homem e mulher os criou” (1,27). Ouçamos, ainda, o Santo Padre: “O homem tornou-se imagem e semelhança de Deus, não só pela sua própria humanidade, mas também pela comunhão de pessoas que o homem e a mulher formam desde o início. A imagem tem como função refletir o modelo, reproduzir o seu próprio protótipo.
            O homem torna-se imagem de Deus, menos no momento da solidão do que no momento da comunhão. Com efeito, desde a origem, ele não é só a imagem que reflete a solidão de uma Pessoa que rege o mundo, mas é essencialmente a imagem duma insondável comunhão divina de Pessoas” 3. O Deus de quem o homem é a imagem, não é um ser solitário, ainda que onipotente, mas uma comunhão de pessoas. A narração do Gênesis abre-nos para uma visão trinitária da imagem de Deus. Não é por acaso que, na revelação cristã, a união de amor entre Cristo e a Igreja é apresentada como comunhão esponsal, modelo definitivo e radical da união de amor entre o homem e a mulher.



ATIVIDADE 01
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Obrigado,
A coordenação.